Certas noites arde meu peito
E a brisa aviva chamas imorredouras
Que não há como apagar.
Certas noites ardem calores esquecidos
E não existem banhos ou sortilégios que os abafem.
Existem sim meus olhos espantados
E minha face rubra vestida de doloroso respeito
Ante o poder que guardo secretamente em mim.
Existem minhas mãos crispadas
E movimento incessante em meu corpo,
Não há paz, pois não há o que dizer,
Não há o que fazer,
Só me resta deixar arder e aguardar.
Danilo Otoch.
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