quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Quem sabe um dia.

   Quem sabe um dia.


Quando escrevo
 Essas linhas mal traçadas
 Cheias de idéias rebuscadas
 E metáforas vazias,
 Tentando ligar amálgama
 Capaz de erguer estrutura
 Estável que Justifique
 Ser caiada pelo sal
 Do meu dia. Mobiliada
 Por lembranças não vividas
 E ajardinada de sonhos.
 Que me toma de assalto
 O desejo de habita-la
 Fazendo do labirinto
 Moradia.
 Quem sabe um dia.

Danilo Otoch

Algumas Verdades.

São quatro as estações do ano
    Mas são muito mais as estações da vida.
São muitas as portas por que temos de passar
    Mas são poucas as chaves para abri-las
São sessenta os segundos de um minuto e infinitos os anos
    Mas a nossa vida que se inicia com um tapa,
    É curta, são muitas as experiências
    E o tempo nunca foi suficiente.
São vários os predadores que pisam nossas pegadas
    Mas são poucos os anjos bons que velam nosso sono.
             É cego quem não tem tato,
             Pobre quem não tem equilíbrio
             Triste quem sabe como são as coisas
             Calmo quem ora e divide seu fardo
             Com aquele que não é um, é O.
São poucas as causas justas e poucos os que morrem por elas
    Mas são muitos os que estão dispostos a morrer por nada.



São sempre belas todas as auroras
São sempre belos os que amamos, basta amarmos.
           Há sempre arte em cada coisa, em toda coisa
           Em cada suspiro, em cada gesto.
           Há sempre poesia em toda existência,
           Porque Poesia é a essência.
São muitas as perguntas, poucas as respostas
São muitas as mentiras, poucas as verdades.

Danilo Otoch.

À Janaína Godoi.