São quatro as estações do ano
Mas são muito mais as estações da vida.
São muitas as portas por que temos de passar
Mas são poucas as chaves para abri-las
São sessenta os segundos de um minuto e infinitos os anos
Mas a nossa vida que se inicia com um tapa,
É curta, são muitas as experiências
E o tempo nunca foi suficiente.
São vários os predadores que pisam nossas pegadas
Mas são poucos os anjos bons que velam nosso sono.
É cego quem não tem tato,
Pobre quem não tem equilíbrio
Triste quem sabe como são as coisas
Calmo quem ora e divide seu fardo
Com aquele que não é um, é O.
São poucas as causas justas e poucos os que morrem por elas
Mas são muitos os que estão dispostos a morrer por nada.
São sempre belas todas as auroras
São sempre belos os que amamos, basta amarmos.
Há sempre arte em cada coisa, em toda coisa
Em cada suspiro, em cada gesto.
Há sempre poesia em toda existência,
Porque Poesia é a essência.
São muitas as perguntas, poucas as respostas
São muitas as mentiras, poucas as verdades.
Danilo Otoch.
À Janaína Godoi.
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