quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Quem sabe um dia.

   Quem sabe um dia.


Quando escrevo
 Essas linhas mal traçadas
 Cheias de idéias rebuscadas
 E metáforas vazias,
 Tentando ligar amálgama
 Capaz de erguer estrutura
 Estável que Justifique
 Ser caiada pelo sal
 Do meu dia. Mobiliada
 Por lembranças não vividas
 E ajardinada de sonhos.
 Que me toma de assalto
 O desejo de habita-la
 Fazendo do labirinto
 Moradia.
 Quem sabe um dia.

Danilo Otoch

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